Lula lá e ACM Neto aqui. Este parece ser o sentimento principal do eleitorado baiano captado em sondagens encomendadas pela equipe do candidato democrata ao governo baiano em 2022, mas igualmente já identificado por pesquisas em poder dos governistas.
Os números confirmam o favoritismo do ex-presidente como candidato à sucessão de Jair Bolsonaro (sem partido) na Bahia, numa espécie de reconhecimento às gestões nacionais petistas que não difere do que se registra em outros Estados nordestinos.
Mas também revelam uma abertura do mesmo eleitorado para o novo – ou a novidade – no comando do Estado baiano, depois de 15 anos de governos petistas na Bahia que em nada favorecem a candidatura do senador Jaques Wagner costurada no seio do petismo local.
Principalmente, porque Wagner já foi governador e, pelo menos na percepção dos eleitores captada pelas sondagens, não teria conseguido até agora articular um discurso que justifique sua intenção de voltar ao governo, além do desejo de poder de seu grupo.
Quanto a ACM Neto, traz, também conforme os levantamentos, além do histórico de excelente gestor retratado pelos percentuais de aprovação com que deixou a Prefeitura de Salvador, um discurso que sinaliza para o compromisso com a melhora dos indicadores econômicos do Estado que tem tido eco em faixas distintas do eleitorado.
Sua dificuldade, como já retratado deste espaço inúmeras vezes, será regionalizar a campanha de uma maneira que impeça o adversário petista de ser automaticamente puxado pela popularidade de Lula, como já aconteceu em todas as eleições anteriores que deram a vitória ao PT na Bahia.
Política Livre