sexta-feira, novembro 22, 2024

Jovens de Riacho de Santana ganharam liberdade após mais de um mês presos injustamente em São Paulo

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Trinta e dois dias após as prisões dos pedreiros Ronaldo Nogueira, de 21 anos, e Rodrigo Santana, 25 anos, a Justiça de São Paulo enfim concedeu liberdade aos dois, presos de forma injusta no dia 8 de agosto enquanto comiam em uma pizzaria da capital paulista.

Eles deixaram o Centro de Detenção Provisória do Belém, na Zona Leste de São Paulo, após a juíza responsável pelo caso decidir colocá-los em liberdade. Os advogados contratados pela família conseguiram uma audiência com a magistrada na semana passada e mostraram as provas que inocentam os trabalhadores. Nesta quarta-feira (8), ela analisou o processo e concedeu a esperada liberdade aos jovens.

Debaixo de chuva, com as cabeças raspadas e sem suas barbas, eles deixaram a cadeia às 19h desta quarta-feira (9), sendo recebidos do lado de fora por familiares e amigos. A pesar da liberdade, os dois vão continuar respondendo ao processo. No próximo dia 21, será realizada uma audiência na justiça e os advogados vão pedir a exclusão definitiva da acusação.

Eles foram presos após a vítima de um assalto ligar para a polícia e acusá-los de serem os autores dos crime cometido no dia 29 de julho. A palavra da mulher foi a única motivação que levou os dois jovens, naturais de Riacho de Santana, na Bahia, à prisão por mais de um mês.

No dia em que registrou a ocorrência, a mulher relatou à polícia que os assaltantes não usavam barba. Já no dia das prisões, ambos estavam com as barbas bem cheias, contradição que não foi levada em conta pelos policiais que atenderam a ocorrência.

Além disso, imagens de câmeras de segurança do dia do assalto registram os dois de barba e relatos de colegas de trabalham apontam que eles não saíram do alojamento na noite do crime.

O assunto foi destaque em uma reportagem do programa Balanço Geral, da TV Record, exibida para todo o país no dia 16 de agosto, mostrando que as prisões seriam injustas. Mesmo assim, os dois precisaram esperar por vários dias para ganhar a liberdade.

Ronaldo e Rodrigo foram para São Paulo em março deste ano em busca de melhores condições de trabalho. Eles estavam trabalhando na obra de reforma de um prédio residencial na capital paulista.

Colegas de trabalho ajudaram na contratação de um advogado e amigos e familiares de Riacho de Santana fizeram uma campanha para arrecadar fundos para ajudar nas despesas.

Agência Sertão

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