Quem nasceu há 20 anos ou depois dessa data não sabe o que significou para a humanidade assistir aos atos terroristas atribuídos a Osama Bin Laden, líder da facção islâmica Al-Qaeda, quando da destruição das torres gêmeas e mais dois prédios do complexo, em Manhattan, Nova York.
Eu assisti ao vivo, assim como bilhões de pessoas na terra, assistiram à derrocada do maior símbolo de poder do planeta, o World Trade Center, duas torres que roçavam as nuvens e parecia que furavam o céu, com 500,1 metros de altura.
Além de ser o maior centro administrativo e turístico da Big Apple (Grande Desejo), como é conhecida a monumental Nova York, tendo a Estátua da Liberdade ilustrando a baía de Manhattam, as torres gêmeas havia se transformado no principal cartão postal de Nova Yorque, desde 1973 quando foram inauguradas.
Porém, ao chegar ao trabalho em uma agência de publicidade, deparei com os colegas de olhos arregalados assistindo ao épico acontecimento que se transformou em um divisor de águas da comunicação, naquele fatídico 11 de setembro de 2001.
Quando me dei conta da grandiosidade do acontecimento, um dos aviões ainda não havia atingido a segunda torre, mas foi questão de segundos e o terror tomou conta do planeta, porque a CNN estava com sua equipe no local levando aquele drama ao vivo para todas as tvs do mundo.
E como aperitivo, o al-Qaeda também dirigiu um ataque ao Pentágono, em Washington. E os americanos ficaram vivendo um dia de terror, temendo a possibilidade de mais ataques em outros pontos dos Estados Unidos.
A operação dos terroristas foi ardilosamente estudada para que tudo desse certo. O pessoal de linha de frente sabia que era um ataque suicida, que ceifaria a vida de milhares de pessoas inocentes tanto nas torres quanto nos aviões sequestrados.
A partir daquele ano, a Internet se desenvolveu, chegou o iphone logo em seguida as redes sociais, que permitiram as pessoas se comunicarem ao vivo de qualquer parte do mundo, e a TV que inaugurou o tempo das lives, teve que se adaptar à nova realidade.
Entretanto, o 11 de setembro ficou marcado como prova que nenhum poder é invulnerável. Osama Bin-Laden queria provar ao mundo que seria capaz de atingir os Estados Unidos onde os americanos jamais imaginariam, ou seja, naquilo que lhes trazia mais orgulho.
Em outras palavras, o al Qaeda queria “brochar” os americanos destruindo um símbolo fálico em duplicidade, desmoralizando-os e mexendo com a estima de todo um povo que se sentiu impotente diante do poder de fogo dos fundamentalistas islâmicos.
No rol das vidas perdidas estavam muitos grandes empresários, administradores, bombeiros. No total foram 3.045 pessoas que morreram estraçalhadas, queimadas ou se suicidaram pulando das torres, incluindo 157 pessoas que estavam nos aviões que atingiram as torres, incluindo os sequestradores.
No Pentágono, 125 pessoas foram mortas, além das 64 outras que estavam nos aviões sequestrados, incluindo cinco sequestradores. As forças de segurança dos Estados Unidos conseguiram abater o avião antes que ele atingisse o centro do complexo do Pentágono.
Enfim, naquele dia ninguém trabalhou e todos nós ficamos com os olhos grudados no televisor, assistindo à gente morrendo a todo instante ao cair dos prédios, com o coração apertado emitindo um triste “oh” ou dizendo sonoro “Jesus!”. E quando os prédios vieram abaixo como se fossem implodidos, sentimos com tristeza que nenhuma fortaleza resiste aos planos de Deus!
Emanoel Virgino