O relator da reforma administrativa, deputado federal Arthur Maia (DEM-BA), relatou pressão de vários grupos para não serem enquadrados nas mudanças, incluindo ministros e auditores do Tribunal de Contas da União (TCU), juízes, policiais e até defensores públicos. A informação é do jornal “O Globo”.
“Só quem é rico, só quem tem salários altos. Não tem uma emenda propondo excluir da reforma o gari, o ascensorista, o servidor que ganha pouco”, disse Maia em entrevista à Jovem Pan. “Todas as categorias querem privilégios, isso é um fato. Eu recebi mais de 10 pedidos de categorias propondo emendas, querendo que a reforma inclua a previsão de se elaborar leis complementares para tratar de todas elas, de forma específica. Isso é um absurdo. Não tem que ter lei complementar para tratar de A, B ou C. Tem que ter uma lei para todo o serviço público”, acrescentou.
De acordo com o democrata, há um parecer contrário da secretaria da mesa da Câmara no que se refere ao Judiciário e Ministério Público. Por conta disso, optou por levar a votação desse destaque ao plenário da Casa e não da comissão. Caso seja aprovada, a medida acaba com férias de 60 dias para juízes e aposentadoria como forma de punição.
“Espero que a gente possa aprovar a reforma e acabar com os privilégios de todos aqueles que estão no topo da pirâmide do serviço público brasileiro. Os destaques vão estabelecer o tamanho da reforma”, disse.
