O Brasil, durante o governo da presidente Dilma, saiu do Mapa da Fome da ONU em 2014, mas agora regride
A Folha de S.Paulo publica nesta terça-feira (7) relatos sobre a fome no estado do Rio Grande do Norte, no Nordeste. É uma realidade que se alastra pelo país.
No Brasil tornou-se comum o povo disputar pedaços de ossos de boi. Sob o governo de Bolsonaro, ossos de boi se tornaram artigos vendidos nos açougues de capitais, quando antes eram doados.
A reportagem aponta que o desemprego acentuado com a pandemia e a queda no poder de compra em 2021 agravaram a insegurança alimentar e a fome. Mais da metade (52%) dos municípios potiguares estão em “seca grave”. A área com esse diagnóstico aumentou, segundo a Ana (Agência Nacional de Águas), e o estado é, no Nordeste, o mais afetado pela estiagem. O governo lançou em outubro um plano estadual de convivência com o semiárido.
Paralelo a isso, a Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social calcula que 370 mil famílias estejam na extrema pobreza, o maior patamar em uma década.
“A mistura, às vezes, é ovo. Às vezes, não tem. Nem calango, nem lagarto tijuaçu tem mais aqui. Eles migram atrás de água.” Há quem diga que os que ficam “são pequenos como lagartixas”, relata um morador.
O Brasil, durante o governo da presidente Dilma, saiu do Mapa da Fome da ONU em 2014, mas agora regride.
Brasil 247