“Mesmo com toda a liberdade, nunca mostrou serviço (à frente do Ministério da Justiça) a não ser desde o começo do mandato fazer intrigas”, disse Bolsonaro.
Jair Bolsonaro (PL) mantém o ataque ao seu ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. Em evento no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (9), disse que Moro só fazia “intrigas” enquanto estava no governo.
“A Polícia Federal faz o seu trabalho, a PRF [Polícia Rodoviária Federal] nunca teve tanta produtividade depois que nós chegamos. Em especial aquele outro cara, que não fazia operação no estado que interessava para ele. Mesmo com toda a liberdade, nunca mostrou serviço, a não ser também desde o começo do mandato fazer intrigas”, disse Bolsonaro, sem citar Moro diretamente.
Bolsonaro admitiu ainda que chamou o então ministro da Justiça para questionar sobre inquérito da Polícia Federal (PF) contra um parlamentar, em referência a Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), que era seu ministro do Turismo que era pivô do caso que ficou conhecido como “laranjal do PSL”.
Bolsonaro disse que queria saber porquê outros deputados, em situações similares, não eram também investigados.
Moro deixou o governo em abril de 2020, sob acusação de interferência na PF por parte de Bolsonaro, que agora é investigado a respeito dessas declarações.
Bolsonaro voltou a fazer analogia com o casamento para comentar sobre Moro. “Às vezes as pessoas não são o que a gente toma conhecimento pela mídia. É igual um casamento, a gente vai se conhecer em profundidade depois que começa a dormir junto, pra valer”, disse.
Brasil 247