Pré-candidato, que vinha atacando o ex-presidente Lula, agora sentiu na pele o que chama de “estado policial”
O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes divulgou nota no meio da manhã desta quarta-feira (15) depois que a Polícia Federal deflagrou mais cedo uma operação contra um suposto esquema de fraudes e pagamentos de propinas a políticos e servidores públicos envolvendo a licitação para a construção do Estádio Castelão, em Fortaleza (CE), entre os anos de 2010 e 2013. Entre os alvos da operação, está o próprio e seu irmão, o senador Cid Gomes, governador do Estado à época. Ciro, que nos últimos anos atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora sentiu na pele o que chama de “estado policial”
Leia a íntegra da nota de Ciro Gomes:
Até esta manhã, eu imaginava que vivíamos, mesmo com todas imperfeições, em um pais democrático.
Mas depois de a Policia Federal subordinada a Bolsonaro, com ordem judicial abusiva de busca e apreensão, ter vindo à minha casa, não tenho mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade.
O pretexto era de recolher supostas provas de um suposto esquema de favorecimento a uma empresa na licitação das obras do Estádio do Castelão para a Copa do Mundo de 2014.
Chega a ser pitoresco. O Brasil todo sabe que o Castelão foi o estádio da Copa com maior concorrência, o primeiro a ser entregue e o mais barato construído para Copas do Mundo desde 2002. Ou seja, foi o estádio mais econômico e transparente já feito para a Copa do Mundo.
Mas não é isso. E sejamos claros. Não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados. Não exerci nenhum cargo público relacionados com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que NUNCA me encontrou.
Tenho 40 anos de vida pública e nunca fui acusado nem processado por corrupção.
Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pré-candidatura à Presidência da República. Da mesma forma tentaram 15 dias antes do primeiro turno da eleição de 2018.
O braço do estado policialesco de Bolsonaro, que trata opositores como inimigos a serem destruídos fisicamente, levanta-se novamente contra mim.
Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar me intimidar e deter as denúncias que faço todo dia contra esse governo que está dilapidando nosso patrimônio público com esquemas de corrupção de escala inédita.
Nuca me senti um cidadão acima da lei, mas não posso aceitar passivamente ser tratado como um subcidadão abaixo da lei.
Sou um homem do embate, do combate e do Direito. Essa história não ficará assim. Vou até as últimas consequências legais para processar aqueles que tentam me atacar.
Meus inimigos nunca me intimidaram e nunca me intimidarão.
Brasil 247