As prováveis alianças que se formarão em torno das chapas de Lula (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) vão contar com mais de R$ 1 bilhão de dinheiro público do Fundo Eleitoral cada uma, caso o valor chegue a R$ 5,7 bilhões, como autorizou o Congresso com a derrubada do veto.
Com PSB, PSOL e PC do B, o ex-presidente e os candidatos dessas siglas terão R$ 1,07 bilhão e Bolsonaro e outros postulantes ao seu lado, com PP e Republicanos, R$ 1 bilhão. O valor ainda precisa ser definido no Orçamento de 2022, nesta segunda (20).
Caciques partidários afirmam que o montante pode ficar menor que os R$ 5,7 bilhões e que conversas sobre o assunto ainda estavam sendo feitas neste domingo (19).
Se a candidatura de Sergio Moro (Podemos), por exemplo, tiver apenas sua legenda, o ex-juiz e os candidatos a outros cargos terão R$ 259,67 milhões. Caso consiga apoio da União Brasil, o ex-ministro de Bolsonaro será o recordista, com R$ 1,3 bilhão.
Nas redes sociais, Moro fez críticas ao Congresso por ter permitido aumento. Ele disse que seu partido se opôs. Na verdade, a sigla orientou contra, mas dois dos 11 deputados do Podemos votaram a favor e um se ausentou.
No mundo político, a especulação é sobre se o ex-juiz usará desse dinheiro para a campanha e, assim como Bolsonaro, terá postura contraditória em relação ao fundo agora turbinado.
As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
Folha de S. Paulo