Desde o lançamento da candidatura do petista Jerônimo Rodrigues ao governo e a saída do PP da base, o governador Rui Costa (PT) tem subido o tom político dos seus pronunciamentos, especialmente no interior, horas tentando alertar supostamente para o risco de retorno ao comando do Estado de uma espécie de ‘carlismo contemporâneo’, liderado pelo candidato adversário ACM Neto (União Brasil), horas buscando vincular o democrata a Jair Bolsonaro (PL), presidenciável líder em rejeição no Estado.
“Nós substituímos aquele modelo autoritário de governar, de quem se achava o dono da Bahia, aquele modelo de tratar prefeitos e prefeitas com esporro, com grito e humilhação, aquele modelo de perseguir prefeitos, de negar o que o povo precisa, nós substituímos por um modelo novo de governar, de compartilhar gestão, de compartilhar poder, através da Policlínica Regional de Saúde, através do consorcio de infraestrutura, através de uma parceria e ouvir os prefeitos”, disse o petista durante ato de autorização de obras em Tapiramutá na última quarta-feira.
O tom mais agressivo politicamente do governador foi notado especialmente por deputados que o acompanharam ao município, embora eles já tivessem observado o novo estilo de abordagem desde que o afastamento do PP se aproximava, quando o governador pela primeira vez dirigiu críticas ao Centrão e mirou no presidente da República.
“Eu tenho absoluta convicção que todos os prefeitos da Bahia não querem voltar ao passado de se se humilhar por quem se acha rico e dono da Bahia, de se humilhar para aquele e aqueles que, historicamente, a exemplo do atual presidente da República…. Não é atoa que eles andam juntos e se apoiaram entre eles, que perseguem o Nordeste brasileiro, que faz piada de mau gosto com o nordestino, que faz piada de mau gosto com os baianos, que persegue e não manda nem mesmo os recursos que são obrigação de mandar”, afirmou o gestor.
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