Menino recebeu murro no rosto e foi ameaçado com isqueiro em Vitória da Conquista.
A mãe de um adolescente de 12 anos diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) denunciou que o filho foi agredido por um colega da escola onde estuda após outros dois garotos o segurarem. O caso aconteceu na cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia.
A agressão aconteceu na segunda-feira (4), durante a aula de educação física dos alunos do 6° ano, da Escola Municipal Frei Serafim do Amparo. De acordo com Sabrine Ribeiro, mãe do garoto, ele recebeu um murro no rosto e foi ameaçado com um isqueiro.
“Quando o professor organizava a outra fila de alunos, dois colegas seguraram ele e um outro deu um murro no rosto dele. A diretora diz que não encontraram isqueiro no local, mas meu filho disse que os meninos mostraram o isqueiro e falaram que iam queimar o nariz dele”, contou.
O caso foi registrado no Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) de Vitória da Conquista e é investigado pela 2ª DT de Vitória da Conquista. A Polícia Civil informou que responsáveis pela escola devem ser intimados e testemunhas serão ouvidas na unidade policial.
O menino foi levado pela mãe para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) por causa de hematomas próximo a um dos olhos.
“O olho dele ficou bastante roxo e ele está sentindo dor para mastigar”
“Segundo o médico, tem que esperar desinchar o hematoma para poder fazer uma avaliação melhor, para saber se ele está sentindo a dor da pancada ou se teve algo mais sério”, disse a mãe do garoto.
Outra reclamação de Sabrine é de que ela não foi comunicada pela escola sobre a agressão e só descobriu o caso quando o filho chegou em casa. Segundo ela, a diretoria também não adotou atitudes com os alunos envolvidos no caso.
“Eles separaram a confusão, colocaram gelo no olho do meu filho e o mandaram para casa, na van que sempre leva ele. Achei estranho a marca no olho dele e ele também estava muito assustado com a situação. Olhei o celular e não tinha ligação da escola”, afirmou Sabrine.
“Eu liguei para a diretora e ela disse que tinha tomado conhecimento, mas que não ligou porque teve um dia muito atribulado. Ontem ela me ligou pedindo desculpas por não ter me informado”.
Sabrine informou que além de registrar boletim de ocorrência no Disep, entrou em contato com o Conselho Tutelar e Ministério Público da Bahia (MP-BA).
G1 BA