Ex-presidente defende a manutenção do pagamento de R$ 600 aos brasileiros mais pobres
Durante uma live neste sábado (13), com o deputado federal André Janones (Avante), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Auxílio Emergencial será mantido em 2023, como uma forma de combater a fome e a miséria no Brasil.
“Precisamos dizer uma coisa em alto e bom som, enquanto não acabar a miséria neste país, enquanto não acabar com a fome neste país, não tem como acabar com o auxílio emergencial”, declarou o ex-presidente. “Não há como acabar com o auxílio emergencial sem recuperar a economia brasileira, sem que a gente gere emprego”.
Para Lula, a intenção eleitoreira usada na criação do auxílio, a poucos meses da eleição presidencial de outubro, não pode impedir que as pessoas mais necessitadas, que estão sem renda e passando fome, usem o dinheiro.
“É um fundo que foi criado com objetivo eleitoral, poderia ter sido criado seis meses, um ano atrás, mas ele (Jair Bolsonaro) deixou para criar perto das eleições para poder garantir uma ajuda na campanha. Nos meus discursos eu falo: ‘se esse dinheiro cair na sua conta, pegue e coma porque senão o Guedes toma’”, disse.
Auxílio de Bolsonaro só vai até dezembro
O deputado federal André Janones destacou que a própria lei proposta pelo governo e aprovada pelo Congresso demonstra que, nos moldes atuais, o auxílio tem data para acabar: 31 de dezembro de 2022.
“Oficialmente, Jair Bolsonaro determinou de forma indireta o fim do auxílio emergencial no nosso país a partir de dezembro. Como presidente ele teria o poder de optar pela sequência, mas não fez, é oficial”, afirmou o deputado.
Por sua vez, Lula lembrou que há um projeto de lei de autoria no PT, estabelecendo o Bolsa Família, com acompanhamento escolar, de vacinas e todas as demais políticas sociais, no valor de R$ 600. Para ele, é a única maneira de cuidar do povo brasileiro.
“Faz dois anos que nós temos um projeto de lei dentro do Congresso Nacional garantindo uma Bolsa Família de R$ 600. Para que a gente possa garantir que efetivamente o povo mais humilde vai ser cuidado. Porque é para isso que a gente tem que disputar a eleição, não é para governar, é para cuidar do povo. O único sentido é cuidar do povo, cuidar das crianças”, ressaltou.
Bahia.ba