Candidato discutiu políticas para a terceira idade
O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje (22) que é preciso oferecer o serviço de cuidado a idosos de forma gratuita. “Tem uma profissão que está surgindo com força que são os cuidadores. Nós vamos ter que formar muita gente e temos que transformar isso em um serviço público”, disse ao participar de um encontro para discutir políticas para a terceira idade na zona oeste da capital paulista.
Segundo Lula, é necessário ainda adaptar os serviços de saúde para atender as pessoas idosas em suas especificidades. “Uma pessoa com uma certa idade que começa a sentir uma dor na perna, uma dor no espinhaço [na coluna], como a gente diz na fábrica, tem que ter fisioterapeuta e isso tem que ser gratuito para o companheiro que está aposentado”.
Para financiar essas e outras políticas, o candidato defendeu mudanças na estrutura tributária e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). “E por isso a gente fala tanto em uma nova política tributária, em uma reforma tributária. A gente fala do fortalecimento do SUS. Porque se a pessoa tiver que pagar um cuidador, a pessoa morre porque não pode pagar, o que ele ganha não permite que ele pague”, destacou.
Medicamentos também devem, segundo o candidato, ser oferecidos de maneira gratuita, especialmente para as pessoas com poucas condições financeiras. “Aquilo que a gente toma de forma contínua tem que ser dado de graça para as pessoas. Porque para uma pessoa que ganha R$ 1,5 mil, ter que gastar R$ 400 com remédio, acabou”, disse.
Para Lula, as pessoas idosas precisam ser atendidas em todas as áreas levando em conta a contribuição que essa população deu para a construção da sociedade. “Não tem idade para gente fazer política pública para as pessoas. Tudo que a gente fizer para uma pessoa idosa é a contraprestação de serviço pelo que a pessoa já fez pelo país, pela cidade, pela sua família. E, as vezes, a gente precisa reeducar a família para [entender] que cuidar de uma pessoa idosa não é peso. A gente tem que ensinas as pessoas a cuidar”, disse.
Agência Brasil