Com 12 deputados federais eleitos e o maior crescimento na votação entre legendas de esquerda para a Câmara dos Deputados, o PSOL afirma ter se consolidado como a segunda maior legenda deste campo no país, atrás apenas do PT.
Foram 4,55 milhões de votos para deputados, se considerada a federação com a Rede, acima dos 4,06 milhões obtidos pelo PSB.
“Temos uma bancada maior, do que a eleita em 2018 com mais mulheres e indígenas do que homens, o deputado de esquerda mais votado do país [Guilherme Boulos] e uma das primeiras deputadas trans do [Erika Hilton]”, afirma Juliano Medeiros, presidente do partido.
Grande parte do crescimento se deve à votação expressiva de Boulos, que obteve mais de 1 milhão de votos.
Na comparação com 2018, os votos para deputado federal cresceram 36%, acima dos 18% de alta do PT. O PSB teve redução de 25% na votação.
O ponto negativo, segundo Medeiros, foi o fato de a bancada se concentrar na região centro-sul, uma vez que o PSOL não fez deputados no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
O crescimento também foi um pouco menor do que se esperava. O partido projetava fazer 15 parlamentares, três a mais do que os que foram eleitos.
O desempenho deve cacifar os psolistas para um lugar no ministério, em caso de eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fábio Zanini/Folhapress