domingo, novembro 24, 2024

Lula diz que Forças Armadas não foram feitas para fazer política

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que as Forças Armadas têm que defender o povo e a soberania nacional e não ‘fazer política’. A afirmação foi feita nesta sexta-feira, 9, durante uma entrevista coletiva na qual anunciou os nomes de cinco ministros do futuro governo.

“As Forças Armadas têm um papel importante. As Forças Armadas têm um papel constitucional: têm que cuidar da soberania nacional, tem que defender o povo brasileiro de possíveis e eventuais inimigos externos. E é para isso. As Forças Armadas não foram feitas para fazer política, não foram feitas para ter candidato. Quem quiser ser candidato, se aposente e seja candidato”, afirmou.

Lula ainda declarou que Múcio ‘dará conta do recado’. “E tenho certeza que as Forças Armadas irão cumprir aquilo que é a missão principal deles: cuidar da segurança desse país”.

Ex-ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), Múcio é visto com bons olhos por bolsonaristas, integrantes das Forças Armadas e aliados de Lula.

Após o anúncio, Múcio falou em apaziguamento, harmonia e troca de comando ‘mais tradicional possível’. “Vamos conversar para que tudo seja tranquilo, como se fosse uma passagem de comando, uma mudança de guarda. Tem que apaziguar. Esse é o papel principal, a harmonia entre as Forças”, disse.

“Os nomes estão sendo indicados ao presidente [Lula] da forma mais tradicional possível da história das Forças Armadas. Invenção de ninguém. […] Não há injunção política. É a regra que a Aeronáutica gosta, que a Marinha gosta e que o Exército gosta”, pontuou.

Múcio disse que vai procurar os nomes para comandar Exército, Marinha e Aeronáutica, além de conversar com os atuais comandantes. “Devo conversar com o ministro da Defesa, quer dizer, solicitei para conversar segunda-feira. Tem uma transição facílima, é quem está com quem vai. É como se fosse uma passagem de comando”, complementou.

O futuro ministro da Defesa ainda contou que mantém o diálogo com o presidente Jair Bolsonaro. “Quando ele perdeu as eleições, eu fui lá cumprimentá-lo. Não há o menor problema. Democracia, a gente tem que respeitar os contrários, não precisa ser inimigo. Pode ser adversário. Eles sabem em quem eu votei”, afirmou.

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A Tarde

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