Decisão acontece para facilitar aprovação do texto na Câmara dos Deputados
Na busca da aprovação da PEC da Transição na Câmara de Deputados, o PT aceitou reduzir o prazo de duração da proposta para um ano, diferente do que foi aprovado no Senado, que foi de dois anos. A decisão foi anunciada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, a parlamentares da base de Lula. As informações são do Metrópoles.
A decisão do PT aconteceu em reunião na manhã desta terça-feira, 20, em Brasília. O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, que estava presente no encontro, confirmou a alteração. O valor de R$ 168 bilhões deve ser mantido. O novo prazo foi uma das condições colocadas por lideranças da oposição para a discussão da PEC avançar nesta terça-feira.
Futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reuniu-se com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), na noite de segunda-feira, 19, e na manhã desta terça.
Vale ressaltar que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal determinou que os recursos destinados ao pagamento de benefícios para garantir renda mínima aos brasileiros estão fora do chamado teto de gastos. Esse era um Plano B do próximo governo, que negocia com o Congresso a aprovação da PEC da Transição, justamente para destravar, entre outras coisas, o pagamento do Bolsa Família.
Na segunda-feira, 19, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann se manifestou sobre a liberação de Gilmar Mendes. “Queremos a PEC do Bolsa Família, ela é importante, porque traz outras soluções e privilegia a política, o parlamento, para a saída de problemas. Mas se a Câmara não der conta de votar, a decisão do ministro Gilmar, que retira o Bolsa Família do teto de gastos, não deixará o povo pobre na mão”, publicou em uma rede social.
Apesar disso, Fernando Haddad já afirmou que o governo eleito busca a aprovação da PEC mesmo após a decisão do ministro Gilmar Mendes. Otimista, o governo eleito acredita que, se topar a redução do prazo de dois para um ano, pode chegar a 330 votos para aprovar a PEC ainda nesta terça.
A Tarde
