O terrorista que roubou uma réplica da Constituição Federal de 1988 de dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro foi preso pela Polícia Federal, esta quarta-feira (25), em Varginha (MG).
O criminoso se chama Marcelo Fernandes Lima, tem 50 anos e é designer em São Lourenço (MG) e dono de uma empresa em Campinas (SP). Ele será transferido para um presídio no sul de Minas.
No dia 12 de janeiro, ele entregou o documento histórico que roubou durante o ataque terrorista, mas tinha sido liberado após prestar depoimento porque não havia mandado de prisão contra ele.
Em seu depoimento, Marcelo Fernandes Lima tentou se defender dizendo que só roubou a réplica para que o restante dos terroristas não a destruísse.
Uma foto mostra ele, amarrado em uma bandeira do Brasil, segurando o documento na Praça dos Três Poderes, pisando na estátua “A Justiça”, como se fosse um prêmio.
Quando a réplica da Constituição Federal de 1988 foi recuperada, o ministro da Justiça, Flávio Dino, comemorou em suas redes sociais: “A Constituição que os terroristas roubaram no STF foi apreendida e recuperada. Viva a Constituição! Ela venceu e sempre vencerá”.
A Polícia Federal está realizando operações e cumprindo mandados de prisão contra financiadores e participantes do ataque terrorista em Brasília, realizado no dia 8 de janeiro.
Na sexta-feira (20), a PF deflagrou a Operação Lesa Pátria, cumprindo mandados de prisão ou busca e apreensão em cinco Estados e no Distrito Federal. Foram presos, até agora, cinco terroristas de oito que são procurados pela Operação.
O STF também deu andamento às audiências de custódia dos terroristas que foram presos em flagrante nos dias 8 e 9 de janeiro.
De 1.406 pessoas, 942 tiveram sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, sem prazo para encerrar.
Outros 464 criminosos foram liberados, mas terão que usar tornozeleira eletrônica, se apresentar periodicamente à Justiça, não podendo sair da comarca, e não poderão usar as redes sociais ou conversar com outros envolvidos.
Todos eles responderão por atos terroristas, associação criminosa, golpe de estado, abolição violenta do estado democrático de direito, ameaça, incitação ao crime e perseguição.
O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, também foi preso por ter desmobilizado as tropas que deveriam proteger os prédios atacados por terroristas.
Torres viajou para os Estados Unidos um dia antes do atentado, mas suas férias, autoconcedidas, só começariam dois dias depois.