Recursos foram utilizados para pagar diárias, hospedagens, aluguel de veículos e intérpretes, entre outras despesas, como diárias e salários de assessores
A fuga de Jair Bolsonaro (PL) para os Estados Unidos a poucos dias do final do mandato já custou cerca de R$ 950 mil aos cofres públicos, diz a Folha de S. Paulo. Segundo a reportagem, os dados do Ministério das Relações Exteriores e do Portal da Transparência apontam que o erário desembolsou R$ 667,5 mil em “diárias, hospedagens, aluguel de veículos e intérpretes, entre outras despesas, de quando Bolsonaro ainda era presidente. Ou seja, do dia 28 de dezembro, quando os primeiros servidores foram em missão precursora até os EUA, até 31 de dezembro”.
O Tesouro também bancou outros R$ 271 mil em diárias para os assessores a que ele tem direito como ex-presidente. Segundo a legislação atual, ex-presidentes podem manter à sua disposição até seis assessores, além de dois carros com motorista. Os gastos contabilizados, porém, não levam em conta os custos com o voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que levou Bolsonaro para os EUA.
Em uma entrevista ao jornal estadunidense The Wall Street Journal, Bolsonaro disse que poderá retornar em março, apesar de não ter definido uma data para o seu retorno ao Brasil. Na ocasião, ele admitiu que teme preso após desembarcar no Brasil. “Uma ordem de prisão pode surgir do nada”, disse ele.
Jair Bolsonaro é alvo de cinco inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) e de duas ações penais, nas quais é réu. Na semana passada, Bolsonaro teve sete pedidos de investigação contra si remetidos à primeira instância pela ministra do STF Cármen Lúcia. Fora da Presidência da República, ele perde a prerrogativa de foro.
Ele também é investigado por incentivar seus apoiadores a promoverem os atos terroristas do dia 8 de janeiro, em Brasília, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita depredaram as sedes dos Três Poderes.
Brasil 247