Deputados bolsonaristas ganharam de integrantes da base governista o apelido de “turma da 5ª série”, por tentarem tumultuar os trabalhos da CPI do 8 de janeiro. A expressão é usada para criticar o que eles veem como comportamentos infantis dos parlamentares.
A alcunha é aplicada a deputados como André Fernandes (PL-CE), Mauricio Marcon (Podemos-RS), Abilio Brunini (PL-MT) e Éder Mauro (PL-PA) —esses dois últimos não são membros do colegiado. Eles costumam fazer piadas e provocar parlamentares governistas durante suas falas.
Nikolas Ferreira (PL-MG), que enfrenta uma representação no conselho de ética por quebra de decoro parlamentar após falas transfóbicas, tem moderado o comportamento nas últimas sessões, de acordo com integrantes da CPI.
Na terça-feira (11), Brunini foi repreendido pelo presidente da comissão, Arthur Maia (União-BA), por filmar e debochar de colegas nas sessões. Na sequência, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) disse ter ouvido uma fala homofóbica de Brunini a respeito da deputada Erika Hilton (PSOL-SP). O bolsonarista negou ter dito que a parlamentar estava “oferecendo serviços”, como relatou o petista.
Danielle Brant/Folhapress