sábado, novembro 23, 2024

Baixaria na Câmara: vereador revolta colegas ao dizer que presidente da Casa seria nojento

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Aconteceu na sessão desta quinta-feira, 21, em Bom Jesus da Lapa, Bahia

Conforme se desenha o panorama das próximas eleições, vereadores passam a utilizar o espaço que lhes é reservado nas discussões da Câmara Municipal, para fazer autopromoção, o que faz parte da democracia.

No entanto, em Bom Jesus da Lapa, onde as sessões costumam estar dentro da normalidade, com a oposição fazendo as críticas e a situação enaltecendo a gestão do Executivo, nas últimas semanas o clima vem esquentando.

Os personagens que passaram a ser a atração principal são o presidente da Casa, Eduardinho Filho (PP) e o vereador de oposição, Ernesto Fraga (Avante).

Na sessão mais recente, quando a palavra foi franqueada aos edis, o vereador Ernesto Fraga, em dado momento de sua fala, disse “o senhor é nojento”, ao se referir a Eduardinho Filho, e acusá-lo de defender o prefeito, sendo que ainda teria ultimamente deflagrado uma espécie de guerra contra o acusador.

Ernesto Fraga sempre extrapola o seu tempo de fala, que é condicionado a 5 minutos, assim como para todos os colgas, alguns dos quais não utilizam o tempo por completo.

O último a falar foi o presidente da Casa das Leis, entretanto, tentou fazer intervenções durante a fala do referido colega, ao dizer que o tempo destinado a cada vereador é de 5 minutos, por isso, cortaria o microfone dele, o que acabou acontecendo.

Alguns vereadores aproveitaram a fala para criticar o comentário de Ernesto Fraga, ocorrido a Câmara estria se tornando uma vergonha.

Gedson Nascimento Ramos (PSC) foi mais contundente dizendo que o triste comentário do colega Ernesto poderia até resultar em cassação do mandato.

Já Coriolano Leite (União) disse que a crítica é natural na política, mas é preciso ser feita com responsabilidade e respeito.

Zezinho Duarte (PSC) fez coro ao comentário de Coriolano afirmando não concordar que o colega Ernesto fale assim do presidente da instituição.

Em sua defesa, Eduardinho Filho agradeceu o apoio dos colegas. Uma frase dura do presidente foi “o que vem debaixo não me atinge”. Ele disse ainda que o tempo de fala é igual para todos: “pode dar calundu, mas o tempo é igual”.

“Nunca ouvi dizer que vereador é adversário de outro”, argumentou Eduardinho, falando ainda que a população é quem avalia o trabalho dos vereadores, porque vê a história política de cada um dos dois.

O presidente disse que o colega em questão estaria perdido, porque não sabe onde fica. “Foi eleito pelo grupo, mas saiu porque não teve pedidos atendidos”, dizendo ainda que Ernesto estaria revoltado porque tinha pessoas de sua proximidade com cargos que foram perdidos.

“Saí de um mandato que fui o 12º vereador mais votado para o 4º mais votado”, concluiu Eduardinho, dizendo que isso sim seria reconhecimento do povo por seu trabalho.

Depois da sessão, o assunto continuou nos corredores e gabinetes, com os servidores e público presente criando expectativa para o desenrolar de novos fatos na próxima sessão.

Em Bom Jesus da Lapa e região.

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