Rodrigues foi reconduzido à presidência da entidade por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes que suspendeu no último dia 5
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol [CBF], que foi reconduzido à presidência da entidade por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes que suspendeu no último dia 5, a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), disse nesta sexta-feira (12), ter sofrido preconceito por se ter pela primeira vez na história da CBF um presidente baiano, negro. Diante disso, ele atribui a conquista do seu retorno ao futebol da Bahia, do Nordeste. A declaração foi dada durante o anúncio de que o Campeonato Baiano de Futebol – Série A, que começa já neste domingo (14), terá transmissão exclusiva da TVE.
Rodrigues ainda citou como decisiva para a mudança da decisão do STF a defesa dos senadores Otto Alencar (PSD) e Jaques Wagner (PT).
“Nós tivemos a defesa de dois baianos, os senadores Otto Alencar e Jaques Wagner que foram decisivas e outros baianos para que fosse reformada aquela decisão no STF. E essa não é uma conquista pessoal, é uma conquista para o futebol brasileiro, para o futebol nordestino por ser discriminado, por se ter um presidente pela primeira vez na história da CBF um presidente que não seja ali do Rio/São Paulo, mas um presidente nordestino, negro com muita honra baiano”, destacou, reforçando ter muito orgulho de ser baiano, do interior de Vitória da Conquista.
Gilmar Mendes concluiu que a anulação de um termo firmado entre o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e o Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro, sem maior análise aprofundada, expôs a CBF a graves consequências que poderiam “afetar o adequado funcionamento do futebol brasileiro como um todo”.
Ao preferir a decisão monocrática, o decano ainda acatou o argumento de que a intervenção judicial sobre a CBF poderia incitar a aplicação de sanções pela Fifa (Federação Internacional de Futebol), que rechaça a interferência de terceiros na gestão de confederações e associações.
Ednaldo Rodrigues foi destituído da presidência da CBF em 7 de dezembro do ano passado. Ele chegou ao comando da CBF após o afastamento de seu antecessor, Rogério Caboclo, alvo de denúncias de assédio contra funcionárias.
Bahia.ba