A Polícia Federal está conduzindo uma investigação para determinar se membros das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”, utilizaram técnicas militares para instigar a tentativa de golpe de Estado no país. Eles fazem parte de um grupo restrito com treinamento rigoroso e especialização em ações de infiltração, operações camufladas e contraterrorismo. A reportagem é do jornal “O Globo”.
Evidências coletadas durante o inquérito indicam que representantes desse grupo de elite direcionaram os atos antidemocráticos que ocorreram após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro, além de atuarem como intermediários no financiamento dos ataques.
Segundo a PF, oficiais das Forças Especiais estiveram presentes em reuniões com o objetivo de planejar estratégias para a ofensiva golpista. Durante os ataques ocorridos em 8 de janeiro, chamou a atenção dos investigadores a presença de manifestantes usando balaclavas, a vestimenta característica dos “kids pretos”, que atuavam com desenvoltura na linha de frente da invasão.
De acordo com o jornal, um grupo organizou uma ofensiva para romper o bloqueio da Polícia Militar, orientou os manifestantes a acessarem o Congresso pelo teto, transformando gradis em escadas, e instruiu-os a utilizar mangueiras para minimizar os efeitos das bombas. A CPI dos Atos relatou ter encontrado destroços de uma granada de gás lacrimogêneo utilizada nos treinamentos dos “kids pretos”.
PL