Grandes empresas estudam os efeitos da IA generativa na governança
O Mobile World Congress (MWC), realizado de 26 a 29 de fevereiro em Barcelona (Espanha), reuniu empresários e especialistas de todo mundo mostrando as ramificações na indústria de comunicação e na conectividade. O vice-presidente corporativo da Azure/Microsoft, Yousef Khalidi, abriu um dos painéis para falar sobre como a Inteligência Artificial tem moldado a indústria móvel. Azure é a plataforma de computação em nuvem que oferece acesso, gerenciamento e desenvolvimento de aplicativos e serviços por meio de data centers globais, concorrente do Google Cloud.
“Tudo começa na rede central onde a IA torna as operações mais eficientes”, explicou Khalidi. “Essa transformação dos negócios está acelerando a monetização das redes e impulsionando o PIB global atual, de US$ 100 trilhões, em cerca de US$ 10 trilhões.”
Nessa era da ‘eco-nomia digital’, na qual a informação aberta está online e, às vezes, ao vivo, empresas de Wall Street, acompanhadas pelo WWI, mergulham em estudos para compreender efeitos da IA generativa na governança sustentável empresarial, na economia em geral e em sua integração ao futuro – analisando a sua resiliência.
À medida que as tecnologias de IA generativa ganham força, tornando-se parte integrante de estratégias de diretoria e de táticas operacionais, as empresas estão interessadas em avanços, posicionando-se na vanguarda desta evolução. Com a tecnologia preparada para encarar tarefas complexas em vários setores, muitos líderes estão pensando em como aproveitar esta sinergia transformadora, entre humanos e IA, para impulsionar suas organizações.
Pesquisa da PwC aponta que 52% dos CEOs, apoiados pela IA para transformar negócios, acreditam que seus modelos não serão mais viáveis em dez anos e que a inteligência artificial tem potencial para mudar esse cenário. Nos últimos meses, tem havido uma tendência nos bancos para explorar o potencial da IA, com o objetivo de aumentar as capacidades de sua força de trabalho. A Harvard Business School (HBS) e o Boston Consulting Group (BCG) divulgaram pesquisa sugerindo que a IA pode melhorar mais os analistas do BCG de baixo desempenho do que os analistas do BCG que já têm alto desempenho.
Hoje, as exposições à IA são mais elevadas no setor de serviços de alto valor agregado, como jurídico, informática e matemática; ocupações de negócios e operações financeiras; embora ainda baixo em setores mais orientados para a indústria. Avanços recentes na IA generativa, contudo, foram acelerados para aumentar a produtividade dos profissionais. Consultorias proeminentes, como McKinsey & Company, Bain & Company e Boston Consulting Group (MBB), além das chamadas ‘Big Four’ (KPMG, Deloitte, PwC e Accenture), adaptam-se, integrando a IA para capacitar ainda mais as suas equipes.
Nesta era transformadora, a integração da IA parece começar a remodelar os cenários organizacionais e sociais. A IA pode melhorar a resiliência dos negócios, mantendo a funcionalidade durante situações como falhas de hardware, ataques cibernéticos e mudanças ambientais; automatizar processos e tarefas críticas, como respostas a incidentes e recuperação de desastres; dar respostas rápidas e eficazes, minimizando o tempo de inatividade com redução de custos; transformar a gestão de resíduos, fornecendo soluções mais inteligentes e eficientes.
Como será que a inteligência natural, ´generativa por natureza´, que precisa equilibrar os ecossistemas, manterá a sua resiliência com a participação acessória e inexorável, daqui por diante, da IA?
A Tarde