Vereador espera sabiamente o momento de anunciar quem vai apoiar nas eleições de outubro
Quem ouve pelo rádio a gravação das sessões ou frequenta o plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Bom Jesus da Lapa, sabe que o vereador Cori (UB) é uma pessoa que não faz a chamada politicagem.
Ao utilizar seus cinco minutos de tempo quando pede a palavra, ele é muito coerente em suas falas, sempre ponderando entre os prós e os contras, quando o assunto é analisar as ações do Executivo.
Muito respeitado entre os colegas vereadores, Cori, que é uma personalidade política de longos anos em Bom Jesus da Lapa, está muito tranquilo diante do “racha” que houve na situação, fazendo com que o deputado estadual Eures Ribeiro passasse a ser oposição neste momento político da cidade.
No entanto, Coriolano Leito, talvez o único vereador legitimamente oposicionista na Câmara, espera que a comunidade não o confunda com a nova oposição liderada por Eures Ribeiro, já que ele permanece sem manifestar apoio nem a Fábio Nunes nem ao deputado. No caso do segundo nome, algo quase impossível de acontecer.
Note-se que os ex-vereadores de oposição, Sérgio do Bandeira, Léo de Lió Dourado e Ernesto Fraga migraram para o grupo de Eures Ribeiro, enquanto que Jair do Leocádio já havia se posicionado com Fábio Nunes antes da ruptura; restam apenas Leonel Cardoso (PSD), com tendência a apoiar Fábio Nunes, e o próprio Cori, que talvez esteja querendo ter uma conversa com o deputado federal Arthur Maia.
Questionado pelo Visto24horas sobre seu posicionamento, Coriolano afirmou que entende ser muito cedo para isso, opinando que os colegas de oposição talvez tenham se precipitado, afinal, faltam oito meses para as eleições.
Enquanto isso, Coriolano Leite, que tem uma forma de fazer política sem alarde ou afetação, vai votando nos projetos que julga ser bons para a comunidade, sempre procurando levar algo de bom que está ao seu alcance, sobretudo para a zona rural, onde ele tem muita influência e eleitores, na certeza de que não vai “atropelar” ninguém, tampouco ser “atropelado” no processo.