O Santuário funciona como o cérebro da cidade e a Praça da Fé é o coração
Quem compareceu na Praça da Fé nesta sexta-feira, 24, viu subitamente o espaço ganhar vida com uma linda movimentação de pessoas celebrando a paz e a união sob a influência da boa música.
A ocupação da praça remete ao real significado de liberdade, mote adotado pelo pré-candidato à reeleição, logo após o rompimento político proposto por Eures Ribeiro (PSD), numa demonstração de que o ex-prefeito em muitos aspectos tolhia a liberdade de ir e vir do cidadão.
Repleta de simbologia, a praça tem como destaque uma série de leões esculpidos em mármore vindos da Itália. Isso está associado à prática dos imperadores que jogavam cidadãos que consideravam inimigos, para serem devorados pelos leões na arena, num espetáculo de puro êxtase para eles e o séquito que os seguia.
Por mais de três anos, a Praça da Fé funcionou como um espaço onde não se podia realizar eventos, algo tão comum em qualquer praça principal em todas as cidades, como se fosse uma propriedade particular vigiada por leões ferozes prontos a devorar quem infringisse as regras.
Na inauguração, em dezembro de 2020, o atual deputado estadual e ex-prefeito, afirmou que as várias esculturas representavam os leões da tribo de Judá. Simbolicamente, o leão representa aquele que tem sede de poder, o rei ou aquele que governa sobre os outros, significando a Praça da Fé os devaneios do seu próprio construtor.
No palco da praça, o cantor Thunga Marques celebrou o retorno dos eventos no local e questionou o porquê de não haver ali esculturas de pessoas que estão na história da cidade, como artistas, celebridades religiosas, escritores, personalidades como o professor Antônio Barbosa, o compositor Zeca Bahia ou o músico Osvaldinho do Terremoto. Porém, o significado da praça remete apenas a um indivíduo.
Na noite de sábado, a grande atração foi a banda Charlie Brown Jr., que durante duas horas agitou a praça lotada com uma bela performance, com músicos competentes e a mesma energia do saudoso Chorão.
Praça, a palavra, vem do latim “platea”, o que nitidamente faz lembrar um largo com muitas pessoas reunidas por variados motivos, inclusive, com vocação comercial.
Espera-se que após a retomada de shows populares, a Prefeitura promova feiras de arte e artesanato, mostras em geral, música para divulgar os artistas locais, pipoqueiro, carrinho de cachorro quente, o senhor do algodão doce, dentre outros eventos.
O fato é que o povo comemora aliviado devido à permissão para ocupar a praça tranquilamente, sem a preocupação de estar ali e um guarda municipal vir dizer que o local é proibido, desde que fora considerado um santuário ou jardim particular.
“A praça é do povo de novo. A Lapa livre e soberana celebra a devolução da Praça da Fé aos lapenses, com a realização da quarta edição do Lapa Moto Rock. Parabéns ao grupo Velho Chico Motos e a todos os donos da liberdade em duas rodas que viajaram milhares de quilômetros para curtir esse evento. E não acabou não. Hoje eu não perco o show da banda Charlie Brown Jr, que promete lotar o espaço. Bom Jesus da Lapa no caminho certo, sem medo de ser feliz. A LAPA É LIVRE!” – Postou o prefeito Fábio Nunes
Gostei desta atitude a praça e livre o povo que tem que ter consciência de não danificar nada pois ali tá o dinheiro de todo cidadão lapense. Enquanto as homenagem as pessoas assim como o professo Antônio Barbosa e outros que marcaram a história de nossa infância e a nossa cidade acho justo boas recordação.sao história que deve ser eternizada com certeza.
Parabéns conterrâneos!
Ordem e liberdade 🗽