Pronto para um maratona de compromissos em Salvador, o ex-ministro da Casa civil no governo Dilma, Zé Dirceu, foi o convidado do programa Isso é Bahia, da A TARDE FM, nesta segunda-feira, 3, onde falou sobre a extinção de ações da Lava Jato contra si no Supremo Tribunal Federal (STF) e se retornará para a vida pública.
Por 3 a 2, a segunda turma do STF aceitou o habeas corpus da defesa do ex-ministro e o absolveu das condenações, determinando a prescrição da punibilidade aplicada. Ele havia sido condenado pelo TRF4 a oito anos e dez meses de prisão.
“Esse processo foi feito para me prender. Me prenderam três vezes e o Supremo me soltou as três, porque as prisões eram ilegais. Eu disse ao Moro: ‘Eu não tenho nada a ver, o que estou fazendo aqui?’ Tanto não tinha nada a ver que a empresa [citada no processo de corrupção] foi absolvida. A Petrobras, consultada no processo, disse que não houve sobrepreço, não houve influência externa e não houve fraude. Por que eu fui condenado? Para me prender, porque queriam que eu delatasse o Lula”, explicou Dirceu.
“A Lava Jato foi um projeto político de tomar o poder no Brasil. Foi um projeto para destruir a indústria de prestação de serviços, que era uma das melhores do mundo. Se andasse pela América Latina, de 2006 a 2012, como eu andei, levando as empresas brasileiras, e eles criminalizar tudo isso. Qual o país que criminaliza um ex-ministro, um empresário, um presidente que vai abrir mercados para as empresas do país. Eu abri vários mercados como ferrovias, rodovias, hidrelétricas, aeroportos, refinarias…era o Brasil quem construía, hoje não é mais”, pontuou.
Zé Dirceu cumpre agenda em Salvador para um bate-papo sobre Democracia, Soberania Nacional, Transição Energética, Eleições 2024, junto à Federação Única dos Petroleiros (FUP). Evento será às 15h, no Auditório do Real Classic Bahia Hotel, na Pituba.
A Tarde