Usar a tragédia ou drama para fazer proselitismo político é baixo, sujo e imoral
A campanha política de Bom Jesus da Lapa tem sido de assustar este ano, com polêmicas, discurso de ódio e resenhas nas redes sociais que dão vergonha a qualquer um que tenha bom senso. Entretanto, a utilização de situações que levaram cidadãos a perderem suas vidas, é no mínimo nojento.
Em duas semanas, toda a população viu pessoas capciosas utilizarem a morte do saudoso Arivan Cliff, o querido Velho Kaká, para fazer politicagem, buscando apontar o sistema de saúde como bode expiatório, uma vergonha.
Já nesta semana, o falecimento de uma criança na UPA foi alvo da ira de políticos e apoiadores de Eures Ribeiro, como se nas gestões do ex-prefeito não tivesse muitas mortes no âmbito do atendimento hospitalar. Parece que ninguém se lembra que na maternidade houve muitas mortes de mães e bebês, inclusive, com movimento nas ruas em protesto contra a administração à época.
Mas o que importa para muita gente é a contabilização de votos, independentemente da dor de uma família pela morte de um ente querido. Muita gente não quer que o Velho Kaká descanse em paz, replicando áudios e vídeos nas redes para fazer politicagem, o que é motivo de repudia pelos amigos mais próximos.
Parece que muita gente não se recorda que durante pelo menos dez anos, “pessoas de confiança” que não eram cidadãos lapenses, contratadas em troca da “moeda política”, desviavam remédios da UPA, conforme denúncia do prefeito Fábio Nunes, para levar às suas cidades vizinhas no intuito de fazer campanha de deputado para Eures.
A saúde é um problema, sim, a ser resolvido diariamente. É preciso o Município melhorar o atendimento e prover as unidades constantemente com medicamentos, sim. No entanto, é vergonhoso, para não dizer tenebroso, que políticos com a moral arranhada se utilizem da dor dos outros para semear ódio e fazer pré-campanha.
