Por Mara Cerqueira
O prefeito de Bom Jesus da Lapa tem feito declarações infelizes sobre vários temas que afligem a população, sobretudo as pessoas mais pobres que necessitam do serviço para sua subsistência, tudo isso para esconder a sua falta de capacidade de governar a cidade, de fato, encontramos problemas em todas as áreas de forma a causar revolta na população que reclama por dias melhores.
O gestor tem declarado que a culpa pela falta remédio no hospital seria dos funcionários, se esse é o argumento, e se esse argumento fosse plausível, então porque tem faltado remédio nas Unidades Básicas de Saúde da Família, Maternidade, Caps e outras unidades, e todo usuário pode atestar esse fato. O problema da falta de remédio não apareceu do nada, é um problema que persiste no mínimo desde o início da sua gestão e nunca foi enfrentado pelo prefeito, se esse fato é verdadeiro, então por que em quatro anos Fábio nunca abriu uma investigação contra os culpados? Ele seria conivente, sabia e não resolveu, fica essa dúvida.
Em um discurso recente na casa do presidente da Câmara de Vereadores, ele em vez de assumir o compromisso de sanar com o problema da falta de remédio para atender os usuários, terceirizou a culpa para quem nada tem a ver, alegando que os funcionários seriam os responsáveis pela suposto desvio de remédios da unidade Hospitalar, mas, no caso de todas as outras unidades, o que ele argumenta?
Os servidores da saúde, sobretudo do hospital e da UPA denunciam que sofrem diariamente por falta de equipamentos e condições de trabalho, falta materiais diversos, para os trabalhadores e para os pacientes a ponto de faltar até lanche, e não apenas remédio, além das humilhações e perseguições por parte dos apoiadores do prefeito; além da revolta dos usuários, sendo quem primeiro sofre as reclamações é o funcionário que está na ponta do atendimento, que temem até pela sua integridade física.
Mas essa fala de Fábio esconde uma incrível e triste realidade, a suposta falta de pagamento dos fornecedores em geral, e esse fato ele não assume, ao culpar os funcionários, o gestor dá mais um tiro no próprio pé, já que é o preterido pela população com 20% atrás do seu opositor. A Questão de dívidas a fornecedores, não estaria acontecendo só na área da saúde, diariamente chegam relatos de comerciantes que têm várias notas pendentes com a Prefeitura e infelizmente só não denunciam publicamente porque temem retaliação da parte da gestão.
O discurso do prefeito gerou uma grande revolta dos servidores, que nas suas rotinas precisam declarar aos usuários que remédios essenciais estão faltando nas várias unidades da área da saúde e enfrentar a revolta do povo, isso em plena campanha eleitoral. O gestor acha que culpar os outros por sua incompetência é um bom caminho, mas isso só demonstra que ele não é muito habilidoso em ler a realidade, quando rompeu com seu padrinho, Eures Ribeiro, ele alegou que andava engessado, amordaçado, que não tinha liberdade e por isso não governava. Na verdade o que ocorre é que até agora a campanha generosa do pré-candidato do grupo da “liberdade” não cresceu em nenhuma pesquisa e nem tampouco suavizou a percepção dos moradores sobre a imagem, resta a ele bater em quem nada tem a ver como seus problemas.
Essa tática de culpar os colaboradores pelo mau funcionamento do serviço público é muito furada e só denota desespero, como se diz; é como “culpar o mensageiro pelo conteúdo da mensagem”. É importante lembrar a ele e aos seus, que não é assim que se vira esse jogo, mas, não vou aqui ensinar o padre a rezar a missa, daqui pra frente ou eles entendem que esse tipo de argumento não ajuda em nada, ou seu ônus será seu bônus nas eleições de outubro.