Por Emanoel Virgino
Na última sexta-feira, 02, o deputado federal, Arthur Maia (União Brasil), soltou farpas e esbravejou como fazem os ditadores, sendo que seu alvo foi a professora Andréia Leite, filiada ao partido Avante da base de Fábio Nunes, mas no frigir dos ovos o parlamentar teve que se desculpar com a mulher, devido seu destempero.
Andréia teria exigido respeito e disse ao deputado que tem histórico de “estressadinho”, que se colocasse no lugar dele. Em outras palavras, a professora estava exercendo livremente seu direito de se manifestar em um país democrático, mais ainda sendo filiada a um partido da coligação Lapa Livre, ligada a Fábio Nunes.
A situação ocorreu quando o presidente do partido UB, Coriolano Leite e sua filha, Andreia Leite, de forma democrática fizeram reunião com a base de Fábio Nunes, uma vez que há um enorme descontentamento com a forma de Arthur Maia mandar no partido, o que piorou depois que ele sem consultar a base resolveu apoiar Eures Ribeiro, antigo desafeto, nessas eleições.
O estilo ditatorial do deputado federal foi a gota d’água para que vários pré-candidatos do União abandonassem a pré-candidatura para se juntar a Fábio Nunes e João Magalhães. Pelo menos cinco pré-candidatos se afastaram, sob a alegação de que o deputado vem ajudando outros partidos na pré-campanha, ou seja, privilegiando nomes de expressão de outras siglas, assim, os filiados e postulantes a vereadores, se sentiram menosprezados.
Evidentemente que quem está em uma campanha precisa de recursos, de forma que as cotas partidárias ainda não são suficientes para campanhas de vereadores menos expressivos, e quando a direção não solta os recursos, as chances de se elegerem são remotas. Mas Arthur acabou botando panos quentes na situação e dissuadiu Andréia e o pai de fecharem acordo com Fábio Nunes.
Vale lembrar que os antigos apoiadores de Arthur Maia em Bom Jesus da Lapa, prontamente se afastaram do deputado quando ele decidiu se aliar a Eures, que sempre subjugava Arthur, afirmando que acabou com sua reputação em Bom Jesus da Lapa, de forma que sua votação na era Eures na Lapa sempre foi pífia, sendo humilhado nas urnas por Sérgio Brito.
Na convenção de Eures Ribeiro, a expressão de Arthur Maia foi de alguém que se encontra irritado por estar se humilhando diante de um deputado estadual que ele conhece muito bem, ainda por cima sem poder contar com a presença e o apoio de aliados que fizeram história na política lapense, desde a chegada dos Maia.
Ele ainda teve que se submeter à segunda estrela da noite, ou seja, o deputado federal Sérgio Brito, que tem a preferência de Eures Ribeiro e o carrega para todos os eventos que ele pode, já que o parlamentar do PSD obteve mais de 12 mil votos na Lapa, o que não impediu de Sérgio trair o povo da cidade, ao retirar R$ 15 milhões em emendas por vingança de Eures contra Fábio Nunes.
No entanto, a aliança oculta de Eures Ribeiro e Arthur Maia supostamente acontece desde a primeira gestão de Eures, quando Arthur fingiu apoiar Moizés, mas não o fez. Posteriormente, o deputado foi acusado de participar da chamada “máfia do lixo”, quando era relator da reforma da previdência. Na ocasião, ele foi acusado de ser suspeito de receber um “mensalinho” de R$ 125 mil proveniente de esquema envolvendo uma empresa de coleta de lixo e a Prefeitura de Bom Jesus da Lapa, quando Eures era prefeito.
Como se diz, onde há fumaça há fogo.