Por Emanoel Virgino
Candidatura laranja amparada por Eures Ribeiro não constou do questionário, mesmo porque a senhora do PMB nunca atuou politicamente em Bom Jesus da Lapa
Uma falha do Instituto de Pesquisa Destake, ao não incluir o nome de uma quarta candidatura a prefeito de Bom Jesus da Lapa, sendo a pessoa desconhecida, que não fez pré-campanha, de nome Patrícia Assis, do PMB (Partido da Mulher Brasileira) coligado ao PDT, Pode e o PL de Bolsonaro, motivou a suspensão da divulgação da pesquisa.
A pesquisa, que foi encomendada pelo CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) em Bom Jesus da Lapa, não é da responsabilidade da campanha de Fábio Nunes, porém, do Instituto e do CDL, sendo que houve falha uma vez que a candidatura da senhora Patrícia Assis foi registrada junto ao TSE.
O fato de o estudo estar proibido de ser divulgado, até segunda decisão do TSE, já que as partes questionadas podem recorrer, não caracteriza que houve fraude na pesquisa, devido à suspeita de a candidatura da senhora Patrícia Assis ser apenas de fachada, o que é crime eleitoral, subentendendo-se que a participação política da candidata é apenas em questão de registro eleitoral, além de sua coligação não apresentar nenhum candidato a vereador.
A situação do seu vice é semelhante. “Feliz” ou Felizardo de Jesus Sousa, do PDT, candidato a vice na chapa de Patrícia Assis, também não se apresentou durante à pré-campanha, tampouco é visto divulgando a candidatura dele e de Patrícia Assis nas redes sociais ou em locais públicos.
O fato de o pedido de impugnação ter partido da campanha de Eures Ribeiro, através de seu coordenador Vilmar Fernandes, é um direito fundamentado no artigo 15 da Resolução TSE 23.600/2019.
No entanto, os números colhidos durante o estudo e apresentados conforme as regras de estatísticas em pesquisa de opinião comprovam a vantagem de Fábio Nunes sobre o outro candidato, tanto em relação às respostas induzidas ou às espontâneas, cujas citações apontam Fábio Nunes em primeiro lugar nas duas possibilidades.
E no comparativo com outra pesquisa divulgada em junho, feita pelo instituto que mais teve pesquisas derrubadas pela justiça Eleitoral na Bahia, o Seculus, quando Eures aparecia com quase 20% de vantagem, nota-se que a virada de Fábio Nunes é muito significativa restando pouco mais de 40 dias para a eleição.