domingo, novembro 24, 2024

Eures Ribeiro e as mulheres: direito a serem votadas, a votar e, principalmente, ter lugar de fala

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Mara Cerqueira

No período eleitoral, estamos mais propícios a discutir a vida da cidade, a organização, as necessidades, a qualidade de vida, o quanto a sociedade está se desenvolvendo, como as políticas públicas estão chegando para a população e, sobretudo, como os governantes escolhidos pela população pretendem enfrentar os desafios durante quatro anos.

Na campanha da coligação “A Volta do Trabalho”, uma iniciativa tem sido muito positiva, trata-se de um movimento independente de mulheres atuantes na campanha e de candidatas. Nesse grupo de mulheres, discutem politicas públicas, ações para enfrentamento do desenvolvimento das mulheres dentro da campanha, e também o direito a representatividade e de serem eleitas. O que é bastante curioso do grupo, é que não se trata de um grupo apenas que apoia uma majoritária, o grupo discute principalmente o papel da mulher na política.

O grupo pretende fazer da presença das mulheres, algo que além de agregar valor à campanha do deputado, também busca demonstrar a necessidade da voz das mulheres dentro de um próximo governo, por ser um grupo independente, procura-se fazer reflexões diárias sobre a importância das mulheres na política, dessa forma, aproximar as mulheres dos espaços de decisão na administração pública.

No que diz respeito ao candidato a prefeito, o deputado, Eures Ribeiro, diante da existência do grupo de mulheres, ele parece observar de longe as movimentações das mulheres do seu grupo, mas não parece interferir no andamento dos trabalhos, pelo contrário, o grupo recebe seu total apoio à iniciativa das mulheres, a postura respeitosa do candidato faz com que o grupo tenha um espaço cada vez maior dentro da campanha.

Nas caminhadas e nos eventos da campanha, é comum ver uma faixa branca demonstrando a presença das mulheres organizadas dentro do processo da campanha da coligação “A Volta do Trabalho”, isso significa que cada vez mais elas estão tendo espaço de se expressarem. Essa organização das mulheres que apoiam Eures não é nem um pouco semelhante a outras iniciativas que vemos em campanhas eleitorais, a exemplo do preimeiro damismo, que é um movimento populista, que usa a esposa para humanizar a imagem do candidato e tentar cooptar o voto das mulheres. O primeiro damismo é um movimento pouco praticado na atualidade, mas claramente visto em Bom Jesus da Lapa no ultimo mandato, nomear a primeira dama na Secretaria de Assistência Social para que ela faça um trabalho de filantropia, quando na verdade, assistir a população vulnerável é uma obrigação do poder público. O que se tenta com essa prática, é tentando suavizar a imagem do gestor perante às mulheres, o que não significa que este se importa com as mulheres ou que tenha feito um trabalho decente em sua gestão.

Voltando ao movimento de mulheres da campanha de Eures Ribeiro, trata-se, sobretudo, de uma  iniciativa independente que tem como finalidade, demonstrar que as  mulheres estão organizando suas vozes, para que possam ser ouvidas em um ambiente que ainda é majoritariamente masculino, candidatas unidas em suas campanhas, que são concorrentes, porém juntas em um mesmo proposito. O mais interessante dessa iniciativa, é que ela evolui à medida que a campanha prossegue, sem interferência do candidato e nem cooptação das narrativas das mulheres, respeitando o lugar de fala do grupo de uma forma positiva, o que pode se tonar em um movimento que vai fortalecer ainda mais a candidatura de Eures Ribeiro e consequentemente um futuro governo.

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