Emanoel Virgino
Eduardinho Filho tende a unir o grupo de oposição com muito mais força na próxima gestão
Um novo tempo na política de Bom Jesus da Lapa parece se inaugurar depois da eleição do dia 6 de outubro.
A vitória de Eures Ribeiro (PSD) foi um acontecimento óbvio devido sua história que é recente, sendo que ele goza de prestígio junto às camadas mais humildes da população, que formam a maioria do eleitorado.
É inegável que o esforço do grupo de Fábio Nunes (PT) foi grande, mas devido conveniência política, o principal partido da coligação, o PT, pouco fez em prol do seu candidato, que contou com uma coordenação fraca, silenciosa, quase inerte.
A partir de 2025 a história futura aponta para uma suposta transformação, com o prefeito Eures Ribeiro enfrentando, talvez, uma oposição mais dura, já que Eduardinho Filho (PT), presidente da Câmara Municipal, prometeu se manter firme do lado contrário a Eures, tendo como aliados os vereadores Dedezão, Zezinho, Juliana, Euller e Erivelton.
Dificilmente o grupo de oposição contará com mais algum vereador, uma vez que Eures tende a negociar para que Cori, por exemplo, assuma uma secretaria, porque sabe que o vereador do União Brasil não aprovaria tudo que ele mandar ao plenário, assim, o suplente Herben Sales se ajustaria mais facilmente aos anseios do gestor.
Eduardinho vem com força para ser o nome a liderar a oposição, podendo exercer um importante papel, assim, Bom Jesus da Lapa tem todas as condições de ter oposição efetiva depois de muitos anos, para o bem da democracia, caso contrário, tudo vai continuar como antes, sobretudo se um ou dois vereadores que comporão o grupo dos novos mosqueteiros se acovardar.
Enfim, vão ser quatro anos para a oposição convencer o povo da necessidade de mudança, com os vereadores contrários a Eures fazendo um papel incansável de exercer o trabalho de fiscais do povo com objetivo definido, como o próprio Eures fez quando foi protagonista na Câmara.
O prefeito eleito é o espelho para quem deseja derrotá-lo no futuro. Seis vereadores vão ter todas as condições de travar uma luta memorável contra o Executivo. Se permanecerem unidos, a democracia estará sendo exercida e respeitada, caso alguns se debandarem, a esculhambação vai ser garantida mais uma vez.