Emanoel Virgino
Cori sempre teve o respeito de todos os vereadores e seria justo liderar a Casa
O ano de 2025 vai começar com algumas transformações políticas na cidade da fé, pelo menos no Legislativo, quando os vereadores estarão de casa nova, uma vez que o presidente atual, Eduardinho Filho (PT), estará inaugurando a nova sede em novembro, depois de ter feito duas gestões aprovadas pelos colegas e pela população.
Entretanto, a realidade política não confirma o atual presidente também como futuro gestor, por estar na oposição ao prefeito eleito, e, principalmente, por ter sido muito duro com o deputado federal, Sérgio Brito (PSD), chamando-o de covarde por várias ocasiões. Diante dos fatos, tanto vereadores eleitos de situação como de oposição têm um nome preferido, o de Coriolano Leite, o Cori (União).
Ele mesmo sempre disse nas sessões, que quando se tem a maioria de um lado, é voto vencido, sendo que sempre manteve coerência, inclusive nas eleições para presidente da Casa. Na gestão atual, o colega Eduardinho sempre teve o apoio dos demais edis, independentemente da posição política. Desta vez, quem está tendo esse apoio é exatamente Cori.
Os vereadores que vão ser oposição no próximo mandato são Eduardinho (PT), Dedé (Avante), Erivelton (Rede), Euller (Rede), Juliana (PT) e Zezinho (Avante). Quase todos não serão perdoados por Eures Ribeiro (PSD), que se considera traído por eles no último processo eleitoral. Mesmo assim, política é a arte da negociação.
Dentre eles, sem dúvida, poderá haver um candidato de oposição à presidência, talvez para que haja respeito à democracia, entretanto, sem chances de escolha pela maioria. No caso de a indicação ser Cori, mesmo os de oposição podem nem apresentar candidatura para votar no vereador do partido União Brasil.
Coriolano concorre com um nome de peso, que é Gedson Nascimento (PSD), que não teria apoio incondicional de todos os vereadores. Há também a concorrência com Andreia do JP 2 ou Maria Leles, que já foi presidenta, as quais, podem ter a preferência do prefeito. Em favor de Cori, além do apoio de vereadores de situação e oposição, há a influência do deputado federal, Arthur Maia (União), que vive uma lua de mel política com Eures, de forma que os dois têm grandes planos para Bom Jesus da Lapa.
Em relação a Cori, ele sempre demonstra estar disponível para o que Arthur Maia decidir, ainda porque, talvez ele não queira concorrer a um novo mandato em 2028, mesmo assim, deixaria um terreno fértil para a filha, professora Andréia Leite, sucedê-lo na hierarquia política familiar.
A propósito, alguns vereadores de oposição já telefonaram para a direção do partido União Brasil declarando apoio a Coriolano Leite. Quando Eures Ribeiro retornar das férias comemorativas na Europa, haverá reunião com Arthur Maia em Brasília para o martelo ser batido.
