Por Emanoel Virgino
Ausente das redes sociais e da militância política efetiva, o ex-vice-prefeito de Bom Jesus da Lapa durante a última gestão de Roberto Maia, Hildebrando Ferreira, surgiu em vídeo dizendo que o governador Jerônimo vai apoiar Eures Ribeiro (PSD).
A fala dele é digna de riso, porque demonstra a fraqueza daqueles petistas auto-excluídos do processo político, que racharam com o grupo, mas preferiram ficar inertes e ressentidos com quem está na liderança.
Vale lembrar que o PT, um partido de centro-esquerda criado em 1980, tem uma história admirável, por desde 2002, contemplar as classes menos privilegiadas, com muitos programas sociais que deram dignidade a muita gente.
Sabe-se que ao longo dos anos, petistas mais radicais, ou seja, mais à esquerda, foram se afastando ou sendo afastados, outros tantos permaneceram, criando-se, assim, várias tendências que são nada menos que 44 grupos militando dentro da legenda.
Quem não se lembra de Luciana Genro, Heloísa Helena, Babá e Marina Silva, nomes expressivos, que no início dos anos 2000 saíram ou foram expulsos do PT, por não concordarem e votarem contra a reforma da previdência no primeiro governo Lula. Só Marina Silva que rompeu no governo Dilma, por divergências em questões ambientais; então ministra, fundou a Rede e hoje está de volta ao ministério.
Tudo isso prova que o PT prima pela liberdade dos seus filiados, porém, também espera fidelidade na votação das pautas. Mas, dos rompimentos, outros partidos surgiram, como a própria Rede e o PsOL.
Em Bom Jesus da Lapa, o grupo de Hildo Valentim comanda o PT há mais de uma década, o que naturalmente desagrada alguns petistas ditos “raiz(es)”, porém, que não tiveram adubagem suficiente para travar uma luta na legenda a fim de mudar a história. Digno seria lavar a roupa suja internamente, ficar quem quiser e sair os mais revoltosos.
Dizer que Jerônimo Rodrigues permanecerá neutro nas eleições, seria a maneira mais honesta e clara por parte de qualquer militante verdadeiramente petista, porque é esta a realidade.
Pela primeira vez em Bom Jesus da Lapa o PT tem chances reais de ganhar uma eleição, sendo que todo amante da liberdade e dos movimentos trabalhistas deveria ter o compromisso de estar apoiando o grupo, em vez de ficar pelos cantos com “mimimi” e comentários ressentidos.
Só para ficar bem claro, o PT nunca foi partido comunista, porém, um partido que em essência defende o trabalhismo, para isso, precisa negociar com os patrões, ou seja, o empresariado. As eleições de Lula e Dilma são fruto de alianças e entendimento entre ambas as partes, ou seja, as classes sociais com empresariais.
No futuro, pesquisas sérias vão apontar quem terá mais chances de ganhar as eleições, que será muito disputada, porém, independentemente de quem estiver na frente, Jerônimo estará neutro ou no palanque de Fábio Nunes. Esta é a realidade.
Nomes de peso com mais tradição e importância do que o governador, como Wagner e Rui Costa, senador e ministro, estarão dando apoio a Fábio Nunes. Jerônimo Rodrigues, claro, tem que ficar em cima do muro, pois ele depende de uma bancada de apoio na Assembleia Legislativa. Enfim, isso é política.
