Sessão contou com a presença grande número de representantes da categoria
Nesta quinta-feira, 16, foi votado o parecer do projeto de lei 1476/2021 que institui o enquadramento da categoria dos professores da educação básica, estendendo a jornada de trabalho para 40 horas aos profissionais da educação que contavam apenas com 20 horas, nos termos da lei.
Em duas sessões seguidas com muitos discursos e expectativa do plenário, os vereadores de oposição tentaram colocar emendas modificativas que foram recusadas pela maioria dos vereadores.
Antes do início da sessão ordinária, enquanto os vereadores participavam de reunião do conselho, os professores , o prefeito Fábio Nunes, a secretária de educação, Cristina Fernanes, o secretário de administração, Vitor Hugo, o vereador licenciado e atual secretário de obras, Erivelton Radson, o presidente da APLB, José Homero e o presidente do Sinspub, Edvaldo Cardoso Lopes aguardavam o desenrolar dos acontecimentos em meio ao intenso movimento do professorado.
O professor Edvaldo foi acusado de tentar tumultuar a sessão depois de supostamente ter feito um lobby pelas redes sociais, no sentido de influenciar os vereadores de oposição a proporem emendas modificativas, e, com isso adiar a votação do projeto.
O vereador Léo de Lío Dourado (PSD) foi o mais veemente em seu discurso explicando que o projeto teria que contar com as emendas propostas por ele, Leonel Cardoso, Jair do Leocádio e Coriolano Leite, o que garantiria mais direitos aos professores.
Estava evidente que os professores desejavam ver o projeto votado da forma que fora enviado pelo Executivo, mesmo porque, a espera pelo enquadramento já dura dez anos, segundo proposta do Plano de Carreira a ser cumprido.
Ainda antes do início da sessão o professor Edivaldo entrou na reunião dos vereadores e recuou com suas propostas, de forma que durante as falas no plenário os vereadores de oposição comentaram sobre as emendas, entretanto, votaram a favor do enquadramento, excetuando-se o edil Léo de Lió, que foi o único a manter sua posição e motivou vaias dos presentes.
Jair do Locádio (DEM) foi um dos vereadores que tentaram amenizar os ânimos propondo que as emendas sejam votadas no futuro, e entendeu que o calor do momento requeria aprovação do projeto, o que foi seguido por Ernesto Fraga (Avante), Coriolano (DEM) e Leonel Cardoso (PSD).
Os vereadores de oposição foram elogiados pelo presidente da Câmara, Eduardinho Filho (PP), menos Léo de Lió, que foi duramente criticado por ele. Eduardinho disse que os elogiados demonstraram que são oposição ao prefeito, mas não são inimigos dos professores.
Os demais vereadores foram muito duros em seus discursos com o presidente do Sinspub e com o colega Léo de Lió, que se manteve impassível em seu posicionamento e de forma técnica expôs sua visão acerca do que, segundo ele, seria bom ou ruim para os professores.
No intervalo das sessões seguidas, o prefeito Fábio Nunes falou ao professorado que é amigo de todos, que o projeto proposto pelo Executivo é para melhorar a qualidade de vida da categoria, sendo ainda um momento histórico em Bom Jesus da Lapa.
O resultado trouxe muita satisfação aos professores presentes que ovacionaram a fala do gestor, do presidente da Casa e de cada um dos vereadores que votaram a favor do projeto.
Da redação
