Não foi apenas financeiro o prejuízo sofrido pelo Podemos com a defecção de Sergio Moro para o União Brasil. Diversos candidatos a governador e deputado deixaram o partido em razão da filiação do ex-juiz, em novembro do ano passado, por não quererem se associar a ele.
O partido avalia ter perdido nomes competitivos em Mato Grosso, Paraná, Tocantins, Bahia e outros estados, especialmente para o Executivo. Por isso, deverá ter número reduzido de candidatos a governador, focando mais em disputas ao Legislativo.
Em Tocantins, o ex-prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas, em quem o partido apostava para o governo estadual, deixou o partido rumo ao PL. No Paraná, o Podemos perdeu seu então presidente estadual, César Silvestri Filho, para o PSDB.
Também saíram deputados como José Medeiros (MT), que é bolsonarista, e Bacelar (BA), apoiador de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A debandada é atribuída em parte à resistência a Moro, que deixou o Podemos no final da janela de filiação, em 31 de março.
As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
Folha de S. Paulo