Petista evitou comentar sobre o voto favorável de outros senadores, como o do aliado Otto Alencar (PSD)
Após Jair Bolsonaro (PL) garantir que o Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/21, que limita em até 17% a alíquota do ICMS, deve reduzir o litro da gasolina em R$ 2, e o do diesel, em R$ 1, o senador Jaques Wagner (PT) rebateu o presidente. Em contato com a imprensa, na manhã desta quarta-feira (15), o petista afirmou que o projeto é uma “demagogia para enganar o povo”.
“Não vai baixar gasolina nenhuma. Não tem tabelamento de preço no Brasil. O presidente da república precisa ter compostura e, em vez de ficar fazendo a Petrobras ter um lucro seis vezes superior as outras petroleiras do mundo, ele deveria fazer uma política que interessa a sociedade brasileira”, pontuou Wagner, ao questionar, em outro momento, como o presidente vai controlar os preços. “Quem garante que o cara do posto vai tirar? Ele vai deixar a fluxo de caixa! Ele (Bolsonaro) vai impor preço a posto de gasolina? a distribuidora?”.
O ex-governador da Bahia alertou os prefeitos sobre a redução do orçamento caso o projeto entre em vigor. “(Imagine) você que é governador ou prefeito, que está no meio do ano, com orçamento anual, no meio do caminho você perde R$ 3 bilhões, R$ 4 bilhões, ou R$ 5 bilhões (do orçamento)? Isso é uma irresponsabilidade muito grande. Do dinheiro do ICMS, 25% vai para os municípios”, disse.
Sem citar nomes, Wagner evitou comentar sobre o voto favorável de outros senadores. Otto Alencar (PSD) candidato a reeleição pela chapa petista na Bahia, foi um dos que apoiaram o projeto no Senado. “Outros senadores votaram talvez por fidelidade partidária. Não quero entrar nesse mérito, mas estou tranquilo em relação ao que fiz. Não vou embarcar na demagogia de presidente mentiroso, que na pandemia receitou remédio que não cura, não comprou vacina que cura e agora vem com esse papo furado”, concluiu.
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