Ex-ministro da Cidadania vê vantagem em Bahia ter governador aliado de Bolsonaro
Na convenção estadual do Partido Liberal (PL), realizada nesta sexta-feira, 22, na Avenida Juracy Magalhães, o agora candidato a governador pela legenda, João Roma, discursou por vinte minutos e alegou ser a melhor opção entre os que concorrem no pleito estadual.
“Queridos amigos e amigas, nunca foi tão fácil escolher. Até uma mãe sabe dizer para o filho não andar com as pessoas erradas”, disse o deputado federal e ex-ministro da Cidadania no governo Bolsonaro.
“Cada vez mais sabemos que se perdermos a chance, quando se toma decisão errada, se atrasam as mudanças”, continuou Roma, que se mostrou crítico especialmente às últimas gestões do governo estadual, do PT.
No evento também não foi anunciado quem será sua vice na chapa: a enfermeira e missionária evangélica, Leonídia Umbelina (PMB), que mora em Feira de Santana. Ao lado da profissional de saúde, João Roma disse estar disposto a fazer a Bahia avançar e uma das medidas a serem tomadas, caso seja eleito, é a redução da carga tributária.
“Dá dor no coração ver a Bahia remando para os lados. Queremos que quando Bolsonaro dê auxílios, não tenha um Rui Costa para lutar contra. A Bahia é um dos estados que mais cobra impostos e estamos perdendo vantagem competitiva”, disse.
Ao defender sua candidatura, João Roma disse ter defendido os mais pobres através do Auxílio Brasil, o substituto do Bolsa Família, e comemorou o aumento do benefício para R$ 600. “O PT diz que ajudava os pobres. Mas é Bolsonaro que está ajudando. Ninguém manda no voto do povo baiano”, opinou.
Uma das áreas em que Roma disse estar disposto a mudar é a segurança. “Que o cidadão ande de cabeça erguida e que o bandido parta a mil. Não somos justiceiros, essa é a lei de Deus”, disse. Outro setor ressaltado pelo candidato do PL como digno de atenção é o incentivo para a geração de postos de trabalho. “Não há Governo do Estado e prefeitura que gerem emprego. É a prestação de serviço que faz isso. A Bahia estava adormecida, mas o gigante acordou”, acredita.
Aliado de Bolsonaro, Roma falou sobre obras como a duplicação da BR-101, a Ferrovia Oeste Leste e a de transposição do Rio São Francisco e reivindicou como feitos da gestão de Bolsonaro, ainda que não sejam da autoria do atual presidente da República.
“Esse presidente que não foi vitorioso nas urnas aqui na Bahia, agora terá o reconhecimento do povo baiano”, afirmou.
Roma também disse defender a segurança pública como forma de garantir acesso à medicina preventiva. “Precisamos garantir a segurança dos médicos”, alegou Roma, que diz enxergar a violência como um problema na manutenção da garantia dos auxílios. “Quando um idoso precisa de uma van para pegar seu benefício, não dá porque tem a repressão do novo cangaço”, alegou.
Roma homenageou o ex-deputado federal Irmão Lázaro, também famoso por compor e cantar músicas do Olodum e religiosas, falecido em 2021 de covid-19. “Ele dizia que os humilhados serão exaltados. Nosso povo já foi muito humilhado”. Pernambucano de nascimento, Roma acredita que o cenário no estado é de mudança. “Está na hora de mostrar que a Bahia não é problema para o Brasil, é solução. Eu escolhi a Bahia e a Bahia me escolheu. Vamos trilhar o caminho certo”, finalizou.
A Tarde