segunda-feira, outubro 21, 2024

Violência contra as mulheres: um mapa a ser alterado

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A formação sociológica do Brasil é marcada por muitas mudanças no que diz respeito à participação das mulheres na construção social. Muitas foram as fases que tivemos até chegar aqui.

O cenário apresentado hoje no Brasil indica ainda uma discrepância muito grande entre homens e mulheres. Enquanto os homens estiveram sempre à frente no debate público, ficou para as mulheres o cuidado com o lar, e quando se trata da vida profissional lhes restam profissões relacionadas aos cuidados com os outros.

O fato de que na vida pública os homens sempre tiveram a palavra, fez com que a situação das mulheres – apesar de ter avançado bastante no que diz respeito aos direitos das mulheres como liberdades individuais, independência financeira, reprodutivo, dentre outros –, uma igualdade mais justa  ainda está aquém de uma situação ideal, sobretudo com a crescente democratização do debate público possibilitado com o advento da internet e redes sociais.

A realidade brasileira demonstra a situação das mulheres ainda é muito preocupante, a ponto de ameaçar retroceder no que tange ao direito principalmente disfarçado de conservadorismo, de modo a ser perceptível a intenção de boa parte da população de entoar a ideia de que a mulher deve ser submissa aos maridos, e já se pode imaginar aonde essa gente quer chegar, caso a situação não seja enfrentada como se deve.

Em 2021 o Instituto Datafolha fez um levantamento de como a pandemia tinha afetado a vida das mulheres; o estudo demonstrou que subiu o numero de mulheres que declararam sofrer algum tipo de violência, subindo 42% no ano de 2019 para 48% em 2021, em se tratando de agressão física, psicológica ou sexual.

Esse estudo trouxe uma constatação muito relevante, segundo instituto, sendo que o local onde essas violências foram sofridas acentuou o âmbito família onde mais ocorreram esses atos, sendo atores os pais, irmãos, padrastos, avós.

A pesquisa “visível e Invisível: A vitimização das Mulheres no Brasil” ouviu 2079 mulheres em 130 municípios brasileiros, os dados das pesquisas possibilitam assegurar que  as mulheres têm dificuldade de viver a democracia em sua plenitude no país, as famílias, que certamente são o núcleo mais importante da formação de uma sociedade vive um retrocesso; a violência intrafamiliar tinha diminuído no Brasil desde a constituição de 1988 e leis sucessivas como a Lei Maria da Penha, Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso, dentre outras. No entanto a pandemia traz um cenário preocupante.

reprodução

Um recorte também muito relevante trazido pelo estudo foi relacionado ao perfil da vítima, e traz mulheres Jovens, negras e separadas em sua grande maioria, e 35,2% de mulheres de 16 a 24 escancaram a problemática que acomete o universo feminino.

Esses dados demonstram uma série de problemas que enfrentamos nos dias atuais, visto que as mulheres nessa faixa etária ocupam o local mais baixo da pirâmide econômica, a vulnerabilidade dessas mulheres justifica o porquê dessas mulheres serem as que mais sofrem com a violência.

Bahia

A Bahia teve um caso de violência contra a mulher a cada dois dias em 2021, segundo a pesquisa “Elas vivem: dados da violência contra a mulher”, da Rede de Observatórios da Segurança. O levantamento aponta que foram 200 registros no ano passado. No ano de 2022 no Estado, só até março houve 29 casos de violência contra a mulher.

A região oeste da Bahia, sendo Bom Jesus da Lapa um dos principais cenários desse mapa, constantemente registra vários tipos de violência contra a mulher, inclusive com vítimas fatais.

Um compromisso do candidato a deputado estadual, Moizés (UB), é travar uma luta na Assembleia Legislativa, apresentando projetos para proteger as mulheres de uma forma mais efetiva, assim como punir os culpados por taus atrocidades contra as mulheres.

reprtodução

Por Mara Cerqueira

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