Deputada eleita se revoltou com a fala em que ele diz que ‘pintou um clima’ com uma menina de 14 anos
A deputada eleita Marina Silva, da Rede, se revoltou com a fala pedófila de Jair Bolsonaro, em que ele disse que ‘pintou um clima’ com uma menina de 14 anos. “A linguagem e a visão expressa por Bolsonaro diante de meninas venezuelanas refugiadas, expõem a impostura de uma pessoa despreparada política, ética e socialmente para exercer a função de Presidente da República”, afirmou, em suas redes sociais. “Deveria haver medidas de proteção ordenando providências da Comissão de Refugiados para averiguar a situação daquelas meninas, já que conclui que estavam em situação de exploração sexual. Ao invés disso, falou: ‘pintou um clima’, e que as garotas são ‘bonitinhas e arrumadinhas'”, prosseguiu.
“Tirando daí conclusões machistas e misóginas de que se eram meninas e estavam se arrumando para sair a noite, logo, era para se prostituir. Essas meninas, Bolsonaro, vieram parar em um país cujo governo, o seu governo, corta recursos para combater a exploração sexual de crianças e também do programa de combate ao tráfico de seres humanos. A Educação Infantil está com orçamento de R$ 5 milhões para o Brasil inteiro e isso é um valor menor do que o preço da casa de um dos seus filhos. Não há mais recurso para combater o trabalho infantil! A merenda escolar só serve bolacha seca para as crianças porque não tem orçamento em seu governo para enriquecer essa merenda”, acrescentou Marina.
“Diante do abandono das responsabilidades com a infância, a campanha eleitoral do Presidente-candidato ‘resolve’ as coisas espalhando mentiras sobre tráfico e exploração sexual de crianças. É preciso dar um basta em tudo isso”, finalizou.
Em entrevista ao podcast Paparazzo rubro negro nesta sexta-feira (14), Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, quando visitava uma comunidade, já como presidente da República, encontrou meninas de “14 ou 15 anos”, “bonitas”, “arrumadinhas”. Na sequência, ele afirmou que “pintou um clima” e entrou na casa que, ao que tudo indica, explorava a prostituição infantil.
Brasil 247