Governistas não querem novos acordos e acreditam que convocações já aprovadas são suficientes para reta final da comissão
Com dificuldades para aprovar novos requerimentos na CPMI do 8 de Janeiro, a bancada governista na comissão já trabalha com a hipótese de que nenhuma outra convocação seja aprovada no colegiado. Segundo aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ideia é não fazer acordos com a oposição e marcar para a reta final da CPMI apenas as convocações já aprovadas pelo colegiado, sem novas concessões aos bolsonaristas.
Mas, o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União-BA), quer chamar uma nova sessão deliberativa apenas quando for fechado um acordo entre governo e oposição para votação de requerimentos.
Sem isso, conforme o Metrópoles, o próprio Arthur Maia reconhece para aliados que não votará novas convocações, já que isso significaria entregar o rumo do colegiado aos governistas, maioria na CPMI.
O principal depoimento aguardado é do tenente-coronel Mauro Cid, que já teve sua segunda convocação aprovada pela comissão de inquérito.
Entretanto, os governistas apontam que com os militares, além de Mauro Cid já, a exemplo do tenente Osmar Crivelatti, que fazia parte da ajudância de ordens de Bolsonaro, já convocados pela CPMI que serão ouvidos, a base do governo já sai favorecida.
Caso consiga aprovar mais requerimentos, a oposição deve priorizar o ex-ministro da Defesa, general Paulo Sergio. Ele virou alvo prioritário dos governistas após a oitiva do hacker Walter Delgatti.
Bahia.ba