Presidente da CPMI do 8 de janeiro foi o entrevistado desta quarta-feira, 11
O deputado federal baiano, Arthur Maia (UB), que é o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os ataques antidemocráticos do 8 de janeiro em Brasília, foi o entrevistado desta quarta-feira, 11, do programa Isso é Bahia, da A TARDE FM, e afirmou que o relatório da senadora Eliziane Gama deve ser apresentado até a próxima segunda-feira, 16, ao colegiado.
“A CPMI, desde que começou, traz a disputa de duas narrativas completamente antagônicas. Há a narrativa dos bolsonaristas de que não foi tentativa de golpe, mas sim de reação com infiltrados que teriam depredado as sedes dos três poderes e de que teria havido facilitação por parte do governo para que as pessoas invadissem e houvesse uma desmoralização da direita brasileira. A outra é a do governo, que afirma que houve uma tentativa de golpe de Estado frustrada, patrocinada por membros vinculado ao ex-presidente Jair Bolsonaro e que o propósito daquilo era criar uma situação de quebra institucional do país com a presença dessas pessoas dominando a sede dos três poderes e que fosse decretado um estado de sítio e houvesse uma intervenção militar”, explicou o deputado sobre as duas linhas de narrativas.
Maia, no entanto, afirmou que prefere acreditar num meio termo sobre o ocorrido em oito de janeiro.
”Eu acho que houve uma falha generalizada na segurança. Durante o governo Bolsonaro, uma narrativa absolutamente absurda, com flerte permanente com a possibilidade de um golpe institucional”, disse.
O deputado disse ainda que o relatório da senadora deve ser apresentado e que, de praxe, deve haver contestações por parte dos parlamentares de oposição, tendo em vista que o indicativo é o indiciamento de todos os envolvidos nos ataques investigados pela CPMI.
“Na terça vão ser feitas as leituras, a relatora fará a leitura do relatório dela e depois darei uma hora para que a oposição faça a leitura do seu relatório. A partir daí, existe a possibilidade dos pedidos de vista. Eu já deliberei que daremos vista de 24 horas. No dia seguinte, voltamos para a discussão e conclusão do relatório”, pontuou.
A Tarde