Durante o ato de um ano do 8 de janeiro, o Distrito Federal contou com um forte esquema de segurança na Esplanada dos Ministérios. Na ocasião, apenas uma mulher foi presa por policiais militares por ameaça de ato terrorista e desacato na área externa do STF (Supremo Tribunal Federal) por volta das 16 horas.
Segundo a Polícia Militar, a equipe foi acionada por testemunhas que presenciaram a mulher agredindo os policiais judiciários e ameaçando o ambiente com Antraz [agente biológico letal, utilizado em ataques terroristas].
“Chegando ao local, os militares colheram informações sobre as características da autora e a encontraram dentro de um veículo. Durante abordagem veicular, os militares encontraram um spray de pimenta e uma máquina de choque”, disse a PM, em nota.
Segundo a corporação, além de ameaçar, a mulher desacatou os policiais militares e judiciais, foi presa e conduzida à 5ª Delegacia de Polícia. Em seguida, o caso foi encaminhado para a Polícia Federal.
Na parte da manhã, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, disse que não havia nada que gerasse preocupação. Por conta disso, não haveria mudança no plano de segurança.
O ato contou com cerca de 2.000 policiais realizando operações ostensivas da região, além de 250 homens da Força Nacional, segundo o protocolo de segurança divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e pelo Governo do Distrito Federal.
“Até o momento não há nada que gere preocupação maior, mas é sempre bom a gente acompanhar de perto. Hoje é um dia histórico, um dia de celebração da história da democracia que foi duramente testada e saiu ainda mais forte”, disse Cappelli.
O delegado Sandro Avelar também havia garantido um efetivo maior durante o ato. E, caso seja fosse preciso, as forças especiais estariam preparadas para serem usadas.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que não houve registro de manifestações na Esplanada. A região estava repleta de policiais e tinha até um helicóptero da Polícia Militar pousado dentro na área do Congresso.
O evento levou o nome da campanha lançada pelo STF no ano passado, “Democracia Inabalada”, e contou com autoridades dos três poderes, além da presença de governadores e prefeitos.
Naquele dia, em 2023, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes na capital federal. Em poucas horas, manifestantes destruíram patrimônio público e vandalizaram áreas internas dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal).
Raquel Lopes/Folhapress