sexta-feira, outubro 4, 2024

Juízes pedem ao STF que investigue empresários que teriam defendido golpe

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Grupo também é acusado de ataques sistemáticos ao STF e ao TSE

O Supremo Tribunal Federal (STF) foi acionado nesta quinta-feira (18) por juízes para que inclua um grupo de empresários nas investigações do inquérito das milícias digitais antidemocráticas.

O pedido se baseia em uma reportagem do portal Metrópoles, que revelou que empresários bolsonaristas defenderam abertamente um golpe de estado caso o candidato Lula (PT) seja eleito em outubro. De acordo com o site, Luciano Hang (Lojas Havan), Afrânio Barreira (Coco Bambu), José Isaac Peres (Multiplan), José Koury (Barra World Shopping), Ivan Wrobel (W3 Engenharia) e Marco Aurélio Raymundo (Mormaii) são integrantes do grupo Empresários & Política.

Se Moraes acatar o pedido, a Procuradoria-Geral da República (PGR) terá de se manifestar sobre as mensagens golpistas.

A petição é assinada pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), Associação de Juízes para a Democracia (AJD), Associação Americana de Juristas (AAJ-Rama Brasil), Instituto de Pesquisas e Estudos Avançados da Magistratura e Ministério Público do Trabalho (Ipeatra) e Comissão Justiça e Paz de Brasília (CJP-DF).

As associações fazem outros três pedidos ao Supremo: Apreensão dos celulares e quebra de sigilo do grupo; a verificação se tais empresários organizam eventos no próximo 7 de setembro, e que todos prestem depoimento.

A defesa explícita do golpe, por parte de alguns integrantes, soma-se a uma postura comum a quase todos: ataques sistemáticos ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se oponham ao ímpeto autoritário de Jair Bolsonaro (PL).

“Organização criminosa”
Os juristas apontam “fortes indícios e significativas provas” apresentadas da existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação e financiamento político absolutamente semelhantes àqueles identificados no Inquérito nº 4.781.

“Observam-se dos elementos indiciários a demonstrar uma possível organização de empresários, que trama desestabilizar as instituições democráticas, defendendo a necessidade de exclusão dos Poderes Legislativo e Judiciário, atacando seus integrantes, especialmente, e pregando a própria desnecessidade de tais instituições estruturais da democracia brasileira, falando em golpe com todas as letras”, argumentam.

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Bahia.ba

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