Em 2013 Eures Ribeiro publicou edital de concurso sem ter realizado as provas e não devolveu a taxa de inscrição ao pessoal lesado
Em uma entrevista polêmica nesta terça-feira, 13, na Rádio Nova Lapa FM, ao locutor Maurício Rocha, o prefeito de Bom Jesus da Lapa, Fábio Nunes (PT), fez várias críticas ao seu antecessor e ex-parceiro político, Eures Ribeiro (PSD), sem citar o nome do adversário.
Em dado momento da entrevista, Fábio disse que “estão tentando barrar o concurso que ele programou para este ano”, explicando que recebeu notificação supostamente proposta por denúncia do concorrente à eleição de outubro.
Entretanto, o gestor tranquilizou a população e disse que o concurso será realizado, inclusive, prevê a isenção da taxa de inscrição aos moradores da cidade. “Para isso, estamos consultando o advogado Dr. Souzinha, no sentido de tudo correr conforme o planejado”, garantiu Fábio.
O anúncio do concurso foi feito no último dia 4 de março, quando a população ficou animada uma vez que com isso acaba o curral eleitoral do deputado Eures Ribeiro, que nos últimos anos passou a contratar gente de várias cidades a fim de garantir sua eleição à Assembleia Legislativa.
Em 2021 ele foi punido pelo TCM (Tribunal de Contas dos Municípios) por contratação irregular de pessoal. Além disso, no ano de 2013, em sua primeira gestão, o ex-prefeito publicou edital de seleção pública para a Prefeitura, arrecadou dinheiro e jamais realizou o concurso, tampouco devolveu o dinheiro da taxa às milhares de pessoas lesadas.
Durante a entrevista, nos últimos anos, Fábio Nunes deixou claro que a prática de contratação de pessoal em Bom Jesus da Lapa, nas gestões de Eures Ribeiro, sempre foi por questão política, ou seja, para garantir votos ao deputado, sendo assim uma das razões para que ele, Fábio, ficasse engessado. Segundo o prefeito, a demissão de contratados depois do rompimento político com Eures, trouxe um alívio para as contas do Município.
Muitos assuntos vieram à tona no decorrer da entrevista, como a questão da saúde com parceiros de Eures Ribeiro vindos de outras cidades, contratados para fazer a ponte entre os sistemas de saúde dos vizinhos e garantir cirurgias como se o hospital Carmela Dutra fosse unidade regional de saúde, sendo que também havia desvio de medicamentos.